segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Futebol Holandês e Argentino - Retrospectiva dos Últimos Anos (2ª e última parte)

Lembram-se do Europeu de 2000 em que a selecção portuguesa perdeu com a França na semi-final com um penalty de Zidane? Pois é, na outra semi-final a Holanda também perderia com a Itália nos penaltys.

A equipa, a jogar em casa, tinha como treinador Frank Rijkaard e legitimamente tinha como objectivos a conquista da competição. Os holandeses jogavam com a qualidade individual dos jogadores mas não com a envolvência e dinâmica tipicas do fútebol holandês. Na altura Davids, Seedorf, Frank de Boer, Kluivert eram obviamente provas de qualidade individual. Mas isso não chegou.

No ano de 2002 a Holanda não se qualificou para a fase final do mundial da Coreia-Japão. O fútebol modesto praticado no Euro 2000 não iria comparecer no campeonato do oriente. Entretanto surgiu nessa competição uma selecção de fútebol espectáculo mas que se revelou incapaz de alcançar resultados: A Argentina de Bielsa.

Lembro-me muito bem de olhar para o desenho táctico de Bielsa e de entrar em euforia: a Argentina jogava com 3 defesas, um no meio e dois de cada lado bem disperssos, três centrocampistas a trabalhar e a criar no meio e por fim um quarteto sem complexos nenhuns de atacar: 2 extremos e dois avançados no meio! A selecção acabaria por ficar em terceiro no grupo, atrás de Suécia e Inglaterra, mas aquela forma descomplexada e ampla de jogar ficaria na minha memória.

Em 2004, no nosso país, foi a vez da Holanda. Mas neste caso, de voltar a jogar bem, em 4-3-3 e onde se iria revelar um tecnicista fantasista que iria dar de falar: Arjen Robben. A equipa era treinada por Dick Advocaat e jogava, não sempre, um fútebol digno da escola Holandesa. Apesar de tudo iriam acabar por cair às mãos de Portugal e a sua vibrante selecção, nas semi-finais da competição.

Chegamos a 2006 na Alemanha. As selecções da Argentina e da Holanda estão em grande forma. Os alvi-celestes são treinados por Pekerman, um treinador conhecido pelo seu trabalho nas camadas jovens argentinas. A equipa tinha em Riquelme o grande impulsiondaor de jogo. Jogavam ainda num jogo apoiado com Cambiasso, Mascherano e até o nosso conhecido Lucho González, Na frente Tevez e Messi eram dos que impunham mais respeito. Quem não se lembra da maravilhosa exibição contra a Sérvia-Montenegro em que ganahram por 6-0 com um golo de Cambiasso precedido de 20 e alguns toques na bola? A equipa acabou por ser eliminado no entanto pela selecção da casa, a Alemanha, e em penaltys.

Quanto à Holanda, o destino acabaria por voltar a cruzá-la com a nossa selecção portuguesa. Comandados por Van Basten voltaram a jogar o fútebol total. Gio van Bronckhorst, Sneijder, van der Vaart, van Persie ou Robben foram todos preponderantes no fútebol cararteristico holandês. Iriam caír mais uma vez com Portugal nos oitavos de final mas onde o que contou foi a vontade e paixão dos portugueses porque em termos de qualidade de fútebol, a Holanda foi bem superior.

A Argentina viria em 2007 a participar na Copa América na Venezuela. Fez jogos de golos e espectáculo mas iria perder para o maior pragmatismo brasileiro na final. Heinze, Cambiasso, Tevez e Messi foram estrelas.

A Holanda continua com Van Basten ao comando e joga no próximo ano o Euro 2008. Com juventude de qualidade espera-se um bom campeonato para a Holanda. E o melhor de tudo é que está quase a chegar esse momento de vermos a competição em acção.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Paços de Ferreira: Um "Pequeno" Diferente

Hoje resolvi falar sobre um pouco do nosso futebol. Mais especificamente sobre uma das equipas com menos mediatismo do nosso campeonato, o Paços de Ferreira.

Confesso que a maior parte dos jogos que vejo e em que participam equipas com menos expressão, é quando estas defrontam os grandes. No entanto já espreitei algumas das transmissões da Sport TV que incluíam equipas do meio e fundo da tabela classificativa portuguesa.

Há bem pouco tempo, por exemplo, visualizei uma parte do Belenenses contra o Estrela da Amadora no Restelo. Vi um jogo atabalhoado, com fracos passes, cortes e remates. Às vezes chega a ser estranho ver tão fraco espectáculo, técnico e táctico, se comparado com outros campeonatos europeus, nomeadamente o inglês, o espanhol e o italiano.

Gostava no entanto de fazer aqui um elogio a uma equipa que há já vários anos mantém uma coerência ao nível do bom futebol jogado. Essa equipa é o Paços de Ferreira de José Mota.

Repare o(a) senhor(a) leitor(a) que esta equipa de amarelo tem-se mantido na nossa primeira liga enquanto outros, muito mais ricos, têm andado na corda bamba das divisões. O ano passado chegou, inclusivamente, ao merecido prémio das competições europeias, onde se bateu com classe e dignidade com uma equipa que esteve quase a ser campeã holandesa, o AZ Alkmaar.


O Paços de ferreira joga partindo do principio de que o jogo futebol é acima de tudo para ser bem interpretado. O seu treinador faz questão de que as suas peças no campo se mantenham fiéis a um espectáculo que qualquer amante do bom futebol gosta de apreciar: jogadores que passam e recebem bem, futebol apoiado, tabelas e envolvimento atacante.

E não esqueçamos quantas vezes o Paços tem batido o pé aos grandes nos últimos anos, se não em resultados, muitas vezes em qualidade de jogo. E eu que sou do Sporting, sei que isto tem sido verdade…

E tudo isto com jogadores que no principio das várias épocas mal se conhecem…

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Táctica e os Jogadores: Inglaterra e Itália

Tenho visto vários jogos. Vi selecções, campeonato de Itália, Inglaterra e Portugal. Com diferenças e caracteristicas diferentes, de todos os jogos de vi, dediquei-me a três grandes factores: a cultura futebolistica de um país, as tácticas utilizadas e por fim os grandes protagonistas, os jogadores.

O que eu chamo cultura futebolistica é o modo como o jogo e o próprio espectáculo é encarado. Por exemplo: Em Inglaterra o jogo é velocidade e paixão, dureza mas fair-play. O campeonato rege-se por uma envolvente organizativa muito clara em que os jogos, os horários, as conferências de imprenssa, enfim, as regras, são explicitas e cumpridas.

Em relação às tácticas o que se utiliza mais neste campeonato é o clássico 4-4-2 clássico, com algumas excepções, como é o caso do Manchester United, que joga várias vezes com 5 médios, divididos entre organizadores (Andersson, Carrick, Hargreaves) e médios-avançados (Ronaldo, Giggs, Rooney, Nani).

Os jogadores em Inglaterra estão preparados para jogar no tal 4-4-2 clássico mas é aqui que, por exemplo, os jogadores do United proporcionam a diferença. Eles permitem que a táctica clássica se transforme numa rede de mudanças de posição e velocidade, assim como incursões dos extremos para o meio ou outras movimentações.

Apesar das contratações do Manchester terem este tipo de jogo já idealizado, este caso prova que os sistemas dependem, e muito, das caracteristicas dos seus jogadores.


Já em relação a Itália, o que vejo em termos de cultura futebolistica é um jogo elegante, pausado, organizado mas um pouco lento. Em relação à organização da Liga, não conheço muito, mas acho que as noticias que nos vão chegando são testemunhas de alguma onda negativa, desde as greves, as guerras, enfim, as polémicas...

Tacticamente, penso que em Itália são usuais o 4-4-2 ou um sitema de 3 centrais, como o 3-5-2. Os jogadores não fazem da velocidade a sua principal arma, a bola corre por eles, que estão organizados e dispostos numa determinada táctica.

Os futebolistas estão assim preparados para jogar desta forma em Itália. Por isso, artistas como Pirlo, Rui Costa, Maldini, Cannavaro, Totti são exímios no posicionamento, em jogar de cabeça levantada e passe no pé.

sábado, 24 de novembro de 2007

Uma Noite Gira

Meus amigos, foi com enorme satisfação que no passado dia 22, Quinta-Feira, estive com alguns dos meus bons amigos a assistir à apresentação do livro de José Nunes, "Linha Avançada".

Este é o nome do programa de rádio deste troçista e divertido comunicador. Também relata e comenta alguns jogos de fútebol na SportTV.


Aceitei o convite do Mário Lucas e juntamente com o Rui Tavares e o Sérgio Madeira fomos até ao café Hattrick, que fica em Lisboa oriental, perto do Braço de Prata, afim de participar neste evento. O local tem um espaço amplo, decorado com fotografias e referências ao fútebol e tem três enormes ecrãs para ver jogos (que delicia :))


Dentro deste café (onde um dia destes temos que assistir a uma transmissão futebolistica que lá haja, não é malta?), demos de cara com o protagosnista da noite, o qual cumprimentámos e congratulámos pela sua obra. Mais tarde teríamos a oportunidade simpática de tirar uma foto com o autor.


Na festa entraram também personagens famosas da nossa praça pública, da área do fútebol, da rádio e da música. Lá encontrámos o Rui Águas, António Simões, Carlos Manuel, António Macedo, Fernando Alvim, Pedro Ribeiro, Cláudia Macedo, Nuno Calado, José Mariño, Da Weasel, Sónia Tavares dos The Gift e outros.

Estava lá também Nuno Gomes, sim, esse jogador do Benfica e da Selecção e que nos marcou aquele golo decisivo contra a Inglaterra no Euro 2000, lembram-se?


Mas com o Nuno Gomes houve uma situação engraçada. Estava ele na fase final da sua sessão de autógrafos e fotografias quando eu o abordo e lhe pergunto se não se importa de tirar uma foto para a prosperidade. Nuno olha para mim e para a minha máquina e toma-me como um jornalista demonstrando claramente o seu descontentamento por tanto assédio mediático. Depois de lhe explicar a finalidade da nossa fotografia dispôs-se logo a colaborar e simpaticamente tirou a foto de amigos que tanto queriamos. Ficámos com o momento captado e com uma história algo caricata e divertida.


Enfim, foi uma noite bem passada, onde soube bem estar entre amigos e conhecer pessoas que normalmente vemos ou víamos nos relvados, que ouvimos na rádio ou vemos na televisão.

Por fim saímos do local, satisfeitos à procura de jantar, não sem antes conhecermos pessoalmente Fernando Alvim e partilhado com ele algumas risos bem hilariantes.

domingo, 18 de novembro de 2007

O Novo Real Madrid


Já havia seguido no periodo de defeso as mudanças que se deram no mundo do Real Madrid. À excepção da época em que Figo e outros galácticos se juntaram ao clube, sempre me senti mais fascinado pelo mundo Barcelona. Mas o Barça fica para outra ocasião.


Há poucas semanas estava a ver os resumos da Champions League e fiquei muito contente com o que estava a ver. Um Real Madrid a jogar à verdadeiro latino, um estilo pausado, muito técnico, e com desmarcações e passes constantes que transmitem sempre grande beleza visual.


O jogo em causa foi contra o Olympiakos e, apesar da vitória por 4-2 dos madrilenos, o jogo esteve incerto em termos de resultado até bem perto do fim. À semelhança do último jogo da Liga, com um resultado de 4-3 com o Maiorca, os jogos dos blancos têm contido muitos golos numa e outra baliza.


Isto acontece porque a equipa já não é mais um grupo de jogadores que jogam só para o resultado e que sentiam algumas dificuldades em dar às vezes a volta por cima aos jogos.


Hoje em dia, os jogadores mais vibrantes e dos mais perfeitos a interpretar o jogo actractivo e que impressiona, voltaram ou ganharam nova vida no Barnabéu.


O onze titular da equipa é composto essencialmente com espanhóis, italianos, brasileiros, holandeses e argentinos. Que melhor combinação? (talvez com portugueses... ;) ). A experiência e elegância de Cannavaro e Heinze são combinam perfeitamente com um meio campo verdadeiramente composto por arquitectos de regra e esquadro como são Guti e Gago. No lado esquerdo e direito é frequente aparecerem Sneijder e Robinho que são rápidos e atrevidos o suficiente para nos mantermos visualmente colados a eles. No ataque temos Van Nistelrooy e Raúl. Ambos veteranos mas nem por isso menos desembaraçados e precisos quando toca a colocar a bola no fundo da baliza.
E ainda temos Pepe, Drenthe ou Robben...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Breves sobre o Benfica de Glasgow

Hoje vi o Benfica jogar na Champions. Perderam por 1-0 com o Celtic, num campo muito complicado devido ao empolgamento dos escoceses que também torcem pela Irlanda católica. Vi este Benfica e o que derrotou no passado Sábado a equipa do Paços Ferreira, jogo em que enfrentaram um Paços de qualidade e com muito bom fútebol.

Está dado o mote para falar dos encarnados, o que enriquece a variedade de temas que estão neste blog.


"O Benfica fez talvez o melhor jogo esta época na Champions", diz Rui Costa no final do jogo com os escoceses. Não sei se concordo. Digo não sei porque confesso que vi todos os jogos do Benfica na Champions esta época, à excepção do contra o Milan, mas não com o tal olho clinico. Dou o beneficio da dúvida ao grande Rui Costa.


Este jogo pareceu-me fraco. Fiquei com a impressão no jogo de Lisboa de que o Celtic não tem jogadores que se possam considerar muito bons. Hoje confirmei-o. O perigo que advém desta equipa vem do ambiente provocado pelos seus adeptos e pelos movimentos rapidissimos, tipicos do fútebol inglês. Ainda assim não acho que o Celtic tenha grande equipa.


É por isso que acho que o Benfica podia ter usado mais o tecnicismo e capacidade de posse de bola dos seus jogadores para controlar melhor o jogo. Penso ser esta a arma eficaz de nós, latinos, contra eles, britânicos.


O facto de Camacho ter escolhido jogar só com um ponta de lança, Cardozo, penso que facilitou a vida aos escoceses. Admiro a força e precisão do pé esquerdo de Cardozo mas penso que actualmente ele não tem capacidade e condições para jogar sozinho na frente. Será que faria uma boa dupla com Nuno Gomes?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Fátima e Roma: Os dois Sportings

E em 4 dias tivemos dois Sportings... Sim, eu vi os dois jogos, o primeiro no Restelo e o segundo na Cova da Piedade quando os leões jogavam em Roma.

Sim, num jogo estamos a falar de uma recém criada Taça da Liga, competição levada pouco a sério pelos nosso grandes e usada também para fazer rodar os jogadores que normalmente menos jogam nos plantéis mais cotados.

Paulo Bento resolveu no jogo com o Fátima manter os mesmo esquema: 4-1-2-1-2. Apesar da mesma táctica, Bento apostou em alguns novos jogadores, com o objectivo de lhes dar uma oportunidade e de os testar em campo. Muito poucos aproveitaram esta oportunidade... Já em Roma a equipa voltou a ser a mais utilizada esta época.

A distribuição dos jogadores pela táctica foi a seguinte:

GR:

Tiago - Esteve algo impreciso em várias ocasiões, infelizmente também no lance dos golos, tanto no Restelo como em Roma. Sempre fui um grande apreciador deste guarda redes. Mas como diz um amigo meu, ele pouco tem jogado no Sporting nos últimos anos, e a concentração e aperfeiçoamento técnico também vêm da competição...

Defesas:

Abel - Este jogador está melhor este ano. Corre como sempre mas ganhou algo: centra quase sempre bem e foi decisivo nas assistências para os golos de Liedson em ambos os jogos. Foi pena não ter feito melhor no lance do golo da Roma.

Gladstone - Jogou só com o Fátima. Lento a atacar a bola e a sua área de responsabilidade. Com falhas técnicas no corte e no passe. Não aproveitou a oportunidade.

Tonel - Confesso que reparei pouco nele no jogo com o Fátima e com a Roma. Não é necessariamente um mau sinal.

Miguel Veloso - Este jogador é tão bom que pode fazer várias posições. Médio-Centro-Pivot, central e defesa esquerdo. No jogo com o Fátima entrou na segunda parte e não só defendeu a central como geriu o fútebol da equipa a partir do centro. É aqui que ele pauta o fútebol sportinguista. Fez de Polga e de Paredes e este último encontrava-se no campo...

Marian Had - Jogou só com o Fátima. Dos poucos utilizados, foi aquele que melhor aproveitou, cortando muitas bolas, inclusivé nas outras áreas da defesa (às vezes com demasiada rispidez).

Ronny - É um jogador em crescimento. Nota-se que gosta de evoluir e aprender e enfrentou o desafio de agora também defender melhor, ou pelo menos estar mais atento quando tem que fechar o seu corredor. Tem qualidades no pé esquerdo mas ainda não é o lateral que o Sporting quer. Pode vir a ser. Jogou só em Roma.

Paredes - Jogou só com o Fátima. É pouco influente e tem pouca velocidade para jogar como o Sporting quer jogar.

Moutinho - Entrou com o Fátima para empurrar e consegiu-o de certa forma. Em Roma desceu no terreno e contribuiu para as transições rápidas e largas do Sporting. É sempre lúcido, dá músculo e classe ao meio campo.

Farnerud - Jogou só em Fátima. Este sueco não complica e passa bem. Mas o Sporting muitas das vezes precisa de outras caracteristicas como a irreverência e o atrevimento a atacar.

Izmailov - Jogou em ambos os jogos. Curiosamente ou não, achei que jogou com o mesmo empenho em ambos. Tem classe, técnica, remate. Talvez lhe falte ainda a confiança para ser ainda mais influente.

Celsinho - Vem rotulado de craque. Ainda não deu para ver...

Romagnoli - Agora sim, este argentino joga de cabeça limpa e à vontade. Não é nehum Maradona mas sabe bem vê-lo tentar o drible e muitas vezes consegui-lo. É também verdade que pode ser mais influente. Que acredite mais nas suas capacidades.

Vukcevik - Em Roma, onde jogou, não deu continuidade aos bons jogos que tem vindo a fazer no Sporting. Tem força e técnica. Centra também muito bem.

Purovic - Este tipo de jogador, alto e posicional, é muitas vezes pedido pelos treinadores em Portugal. Mas depois o fútebol da nossa terra não gosta de jogar em função de um ponta de lança, ainda por cima um jogador que se torna um corpo estranho no estilo de jogo pé no pé e bola rasteira. Contudo, devo também salientar que Purovic teve algumas dificuldades em demonstrar qualidades técnicas.

Yannick - Gosto deste miúdo. Confesso que lhe falta ainda muito para ser um avançado mais goleador e preciso. Mas gosto da sua atitude desinteressada, desportista e motivadora.. E isso também ajuda uma equipa.

Liédson - Bem, deixei o melhor para o fim. Só é pena que em tendo feito dois golos excelentes, o Sporting não tenha ganho nehum dos jogos.

domingo, 14 de outubro de 2007

Porque é Que Eu Gosto do Futebol Holandês e Argentino? As Selecções Dos Últimos Anos (1ª parte)

Esta pergunta surgiu-me naturalmente. Quando gosto de algo, quase sempre sei o porquê. Outras vezes apenas gosto e não sei as razões. O que também não é mau.

Mas neste caso sei porquê.

Vejo fútebol desde os meus 10 anos e com mais atenção desde os meus 12 - 14 anos. Vi os mundiais de Itália 90 e dos EUA 94 com a Argentina ainda de Maradona. Em 92 sei que houve uma sensação no Europeu, a Dinamarca de Laudrup. Não me lembro bem desse europeu mas sei que ainda se falava de uma laranja que tinha feito história nas décadas de 70 e 80 com finais atingidas nos mundiais de 1974 e 1978 e a conquista do europeu de 1988.

O Euro 96 foi a primeira grande competição internacional que eu segui com atenção. A Holanda ficou-se pelos quartos de finais mas artistas como Seedorf, Kluivert e Bergkamp já pintavam o campo.

Chegámos enfim ao Mundial de 98 em França. Foi aí que definitamente vi o que era a escola holandesa a jogar. A equipa era treinada por Guus Hiddink, treinador com prestigio e grande historial à frente de clubes holandeses e selecções por todo o mundo. A equipa jogava espectacularmente o fútebol total, tipica abordagem holandesa. A bola circulava pelo campo todo, desde Van der Saar, Frank de Boer (central técnico e elegante), Seedorf, Davids (rápidos e precisos) até ao lugar onde tudo se decide, estando Kluivert e Bergkamp para terminar lances com o objectivo do golo. Quem não se lembra daqueles quartos de final com a Argentina, jogo maravilhosamente bem jogado, um regalo para apreciar. Ganharam os holandeses por 2-1. Os golos estiveram à altura, com bons golos produzidos por Kluivert, Cláudio López e Bergkamp (especialmente este, um dos melhores de sempre).


A argentina de Passarella também era uma equipa esteticamente muito interessante no seu tipo de fútebol. À semelhança do fútebol total da Holanda, também os argentinos me habituaram a ver um jogo de fútebol aplicado a todo o campo. Com a particularidade dos sul-americanos, ao planearem uma jogada, parecerem pertencer a uma equipa de dancarinos de tango... A equipa de 98 era um misto de força (sempre dotada de um propósito futebolistico) e de técnica de dança, com Ortega e Claudio López a destacarem-se no Grande Salão.

A Holanda viria a cair na semi-final com o Brasil, mas só nos penaltis, e com escrete que era uma equipa composta de sambistas e carregadores de orquestra mas que neste mundial pouco entusiasmaram as suas plateias...

(continua...)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Vitória preciosa na Champions

Nesta Terça-Feira, o Sporting consegiu a sua primeira vitória na Liga dos Campeões e 3 preciosos pontos para pelo menos uma melhor performance na competição do que na época anterior.

Foi um jogo estranho, partido tacticamente e que resultou, juntamente com as mútuas falhas defensivas, numa série de oportunidades de golo para cada lado, algumas surpreendentemente desperdiçadas.

Sou sincero: gostei muito do Sporting não ter virado a cara à luta e de, ao fim ao cabo, ter ganho fora contra uma equipa que não é assim tão desconhecida. Mas tacticamente e como equipa, os leões ainda não conseguem manter um nível de jogo, (principalmente a meio campo), como o da época passada.

Para este facto, arrisco dizer que, embora na minha opinião Vukcevik ser bom jogador, ainda não está adaptado ao jogo curto e envolvente que o Sporting costumava apresentar. Por outro lado o jogador montenegrino da conceituada "escola dos vik's" tem o mérito de alargar as alas do Sporting e de fornecer jogo a partir das linhas.

Vamos seguindo e apreciando..

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Derby Lisboeta: Um pequeno olhar

Boa dia caros leitores e quiçá, também leitoras.

Há algum tempo que aqui não escrevo e é com alegria que volto aqui a expressar as minhas opiniões acerca do mundo do futebol.

Hoje quero falar acerca do último derby entre Benfica e Sporting.

Ao estar em frente à televisão a observar o jogo, dei comigo a comentar com um amigo que a partida estava a fazer-me lembrar aquele tipo de jogos sul-americanos em que predomina o ritmo lento mas também as jogadas inspiradas e carregadas de boa técnica. Como estamos na Europa o jogo teve, ainda assim, momentos rápidos onde a bola estava constantemente a mudar de área.

A este facto não é alheio concerteza o facto de ambas as equipas contarem com jogadores sul-americanos das melhores escolas de futebol mundial como são o Brasil ,a Argentina e até o Uruguai. Sim, não foi um jogo preciso em termos técnicos e tácticos mas acabámos por ter, na minha opinião, um jogo mexido e com várias oportunidades de golo, o que trouxe emoção ao desafio.

Em termos individuais destaco no Sporting o Polga que foi eximio a controlar a defesa e no meio campo o Romagnoli que apesar de nem sempre ser coerente trouxe perigo e preocupação aos benfiquistas.

Em relação ao Benfica penso de uma forma muito simples, ou seja, têm muitos novos jogadores e alguns deles com boas caracteristicas mas continuam a não ter uma equipa quando se fala em termos de mecanismos colectivos e conhecimento entre os jogadores. Situação normal, para já.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Começa hoje o sonho dos Portugueses

Inicia-se hoje a participação dos clubes Portugueses nas competições europeias.

A começar teremos logo o Benfica a visitar o galáctico Milan em San Siro, onde todos esperamos que o clube encarnado, esteja à altura das suas últimas exibições, tendo assim algumas hipóteses, de fazer um bom resultado, em casa daquele que é o seu adversário teoricamente mais complicado.

Teremos também no dia de hoje, o Porto a receber o poderoso Liverpool, proporcionando assim um encontro entre dois dos mais recentes antigos vencedores desta competição.
Como tal deverá ser um jogo bastante interessante, mas algo ultrapassável pelo actual campeão Português.

Amanhã teremos o Sporting a defrontar o "super" Manchester United, que se apresenta em Alvalade a recuperar de um inicio mau de campeonato, tornando-se assim um adversário ainda mais perigoso, do que costuma ser habitualmente, o Sporting deverá ter algumas hipóteses, de conseguir um bom resultado, pois joga em casa, mas para tal terá de apresentar uma táctica bastante inovadora, que baralhe as contas de Sir Alex Ferguson, e um leque de jogadores bastante mais motivados, do que têm sido nos jogos realizados até ao momento.

Na quinta-feira, teremos os jogos da Taça UEFA, onde os Belenenses iram ao reduto do Bayern de Munique com a tarefa mais difícil desta semana, o Leiria irá também a Alemanha defrontar o Leverkusen, o Paços de Ferreira recebe o poderoso AZ Alkmaar e por fim o jogo que deverá ser o mais acessível para as equipas portuguesas com o Braga a visitar Hammarby da Suécia.

Boa sorte às equipas Portuguesas e elevem o nome de Portugal ao mais alto nível, algo que a nossa selecção não tem conseguido alcançar ultimamente, mas essa é outra história.....

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Táctica que o Sporting devia adoptar para vencer o Manchester United


Esta é a táctica, que na minha opinião, deveria ser utilizada pelo "Mister" Paulo Bento, frente ao Poderoso Manchester United, táctica essa que consiste em:
É do conecimento geral que os Red's são muito fortes no ataque, por isso, acho que a solução perfeita seria a utilização de 3 centrais, tendo o Polga como mais um médio defensivo, visto ser um jogador que sabe sair bem com a bola jogada, não deixando de ser uma mais valia para o centro da defesa.
Os laterais deveriam atacar somente quando necessário, pois iram enfrentar jogadores como, Cristiano Ronaldo e Nani, e os ataques surpresa são de evitar.
No meio campo teriamos um Miguel Veloso um pouco mais recuado que João Moutinho, mas ambos iriam apoiar o ataque com os seus belos passes e remates de longe.
Mais à frente teriamos Romagnoli na ala esquerda a fim de flectir para o meio e rematar com o seu belo pé direito, tanto em força como em jeito, e no lado contrário o mesmo se passaria com Vukcevic, com este a utilizar o seu excelente pé esquerdo.
No ataque teriamos o "levezinho", que com a sua rapidez e agilidade, seria lançado principalmente em velocidade para apanhar a defesa em "contra-pé".
Para a segunda parte, caso esta táctica não esteja a sortir efeito, as substituições seriam a de Romagnoli por Djalo e a de Liedson por Purovic, colocando assim o jovem jogador Português na ala direita, para se aproveitar a sua velocidade e Vukcevic na esquerda, a fim de se utilizar os seus belos cruzamentos para a área, que iriam encontar o "gigante" avançado do Sporting a fazer frente a dois centrais, já com a cabeça em água, fruto da marcação efectuada a Liedson na 1ª parte.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Rescaldo da Jornada 3 do Campeonato Nacional "Bwin Liga"

Mais uma jornada concluida no nosso grandioso campeonato nacional.

Uma semana pouco produtiva na matéria de golos, coma penas 18 golos, mas bastante apelativa na parte do espectaculo, onde o Porto conseguiu pela 3ª vez uma vitória, fazendo assim o pleno contra as equipas que o ano passado lha haviam ganho.

O Benfica também propocionou um bom jogo de futebol, com as reforços deste defeso em destaque, nomeadamente Oscar Cardozo com os dois golos marcados e Di Maria que fez, por uma noite, esquecer a falta de Simão. Os ultimos reforços Maxi Pereira e Cristian Rodriguez, tambem estiveram a um bom nível, com Maxi a jogar a titular e a conseguir uma boa exibição, ganhando mesmo um penalti.

O Sporting tambem conseguiu uma vitória pela margem minima, num jogo onde dominou os 90 minutos, mas acabou por pecar no capitulo da finalização.

O grande destaque desta jornada vai para o Maritimo, que conseguiu a 3ª vitoria consecutiva, que lhe da acesso ao 1º lugar. O Braga esteve ao seu melhor nível, que após ter estado a perder o jogo desde os 8 minutos, acabou por dar a volta com o seu ultimo reforço, Rolando Linz a marcar o golo da reviravolta.

As restantes equipas não foram alem de um empate, apenas se destacando o jogador do Vitória de Guimarães, Fajardo que assim lidera o ranking de goleadores, a par de Makukula do Maritimo, com 3 golos em 3 jogos.

sábado, 1 de setembro de 2007

Premier League e o Manchester United

Olá caros leitores e caros amigos!

Em primeiro lugar quero manifestar a minha felicidade por ter criado este blog juntamente com o meu amigo Balhinha e também os meus desejos de que o que for aqui escrito seja lido com interesse pelo maior número possivel de pessoas.

Bem, passando agora ao conteúdo deste meu primeiro artigo, gostaria de me pronunciar acerca da Premier League, que eu considero ser o campeonato mais espectacular a que tenho acesso, e mais especificamente ao Manchester United.

Hoje tive a assistir ao jogo dos Reds contra o Sunderland de Roy Keane. Jogo que começou por ser chato e nada habitual do lado do United e que só aqui e ali seria pincelado por alguns rasgos de pericia individual.

Fergunson resolveu apostar em duas novidades como titulares: Eagles, que jogaria ora a extremo esquerdo ora a extremo direito, e o nosso mais conhecido Andersson. Ambos viriam a ser substituidos e no caso do brasileiro, logo na primeira parte.

A equipa foi a seguinte:

Van der Saar (GR)
Brown, Ferdinand, Vidic e Evra (4 desefas)
Hargreaves, Scholes (2 médios centro)
Eagles, Nani (2 Médios/Extremos)
Andersson (Avançado Suporte)
Tevez (Avançado)

Na minha opinião a equipa sente naturalmente, e muito, as ausências de Rooney e principalmente de Ronaldo. Por causa disso a equipa tem sentido tantas dificuldades a marcar golos e a ganhar. Eagles, Nani, Tevez e Andersson são excelentes jogadores, obviamente, mas ainda acusam a camisola e a falta de conhecimento entre si. Uma nota para Nani que tem demonstrado ainda assim muita maturidade e boa atitude.

Por fim gostaria de falar especificamente sobre Andersson. Acho que neste primeiro jogo a titular a posição no campo (que já foi a dele em antigas diversas ocasiões) não o favoreceu. Acho que Andersson se diverte e se sente mais jogador quando actua no centro do meio-campo onde com o seu olhar de rapina e a sua elegância e eficácia de passe, faz mover extremos, avançados e laterais ofensivos. Andersson, para mim, e apesar da técnica de samba brasileira, movimenta-se com base na geometria na cadência de um Tango.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Falta de "Patriotismo"

O Porto, conseguiu mesmo que o jogo que os opunha à União de Leiria, fosse jogado no Domingo dia 2 de Setembro, em vez de Segunda dia 3, fazendo assim com que a equipa de Leiria, após o jogo de ontem que os oposeram à equipa do Maccabi Netanya, para o apuramento da fase final da Taça UEFA, tivessem apenas algumas horas de descanso antes do jogo da 3ª jornada da Liga BWIN.

A equipa do Leiria só conseguiu viagem para Portugal, no Sabado ao fim do dia e em três vôos separados, para conseguir trazer toda a comitiva, que viajara para Israel.

Assim sendo a equipa caseira, irá partir em desvantagem perante o campeão nacional, que teve uma semana inteira para preparar este encontro.

É inconcebivel que hoje em dia, ainda se veja este tipo de acções por parte dos clubes Portugueses.