domingo, 30 de outubro de 2011

L'Italia di Calcio

Itália, país de boa comida, bonitas mulheres, carros potentes e de muita, muita história. E o futebol? Que é feito do Baggio, do Signori, do Baresi? Do Milan de Arrigo Sachi? Da Juventus de Vialli, Ravanelli, Möeller, Hässler? E Maradona, quem se poderia esquecer de El Pibe no Nápoles? Itália também é futebol minhas senhoras e meus senhores. Acontece que hoje em dia a chama do calcio parece um pouco apagada. O nosso José Mourinho andou por lá há pouco tempo. Com futebol pouco estético, é verdade. Mas em Itália, a competência e os resultados sobrepõem-se com frequência à beleza do jogo. No país da bota, a organização defensiva e as movimentações táticas, são apreciadas com tanto gosto que as discussões se equiparam a discutir sobre as corretas porções de ingredientes para um molho culinário. Pela parte que me toca, sempre admirei mais outros futebóis. Como o inglês, o espanhol, o holandês e, por razões intrínsecas, o nosso português. Os anos 90 estavam recheados de jogadores de classe mundial a jogar no campeonato italiano. Bergkamp, Van Basten, Rijkaard, Gullit, Djorkaeff, Rui Costa, Batistuta, Zola e muitos, muitos mais. Isto sim, eu gostava. Os clubes italianos sempre estiveram nos tops dos tops. Ganharam Taças dos Campeões, Taças das Taças, Taças UEFA. A selecção italiana já foi 4 vezes campeã do mundo. Enfim, tudo isto é realmente impressionante. Mas o jogo italiano, bom, esse… Ficava muito aquém da velocidade inglesa ou mesmo espanhola. E as más noticias, minhas senhoras e meus senhores, é que depois dos anos 90 e até aos dias de hoje, tem-se assistido a um decréscimo de jogadores de classe mundial a jogar em Itália. Estão todos em Espanha ou em Inglaterra. Bom, mas… mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. E eu, apreciador do futebol primordialmente atacante, começo a olhar para os italianos com mais admiração e com vontade de aprender. E não é que aquando desta demanda exploratória, me deparo com futebol rápido, atacante e espectacular? Vi o Juventus-Fiorentina, Roma-Milan e Inter-Juventus e deleitei-me. A Juventus é treinada pelo antigo jogador Antonio Conte e está num seguro primeiro lugar da Serie A. O Milan é treinado por Massimo Alegri e é uma equipa com jogadores fortes nos vários sectores. A Roma tem tido resultados tremidos mas pelo que vi ontem, Luis Enrique, seu treinador, está a conseguir fazer do futebol romano, um futebol semelhante, nos seus princípios, ao do Barcelona. Jogadores em constante movimento, bola trocada rapidamente e primazia pelo ataque. Concluiria com uma comparação. Eu não gosto apenas de rock, jazz, blues, fado ou qualquer outro estilo musical. O que acima de tudo eu gosto, é de música com qualidade. E, meus caros, com o futebol a história é a mesma!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Sporting está de volta!


O meu Sporting está de volta! A bancada volta a encher, os corações voltam a vibrar e as vozes gritam de alegria mais uma vez. Quem escolhe um clube, escolhe por gosto. Aprende que dizer-se pertencer a uma cor ou a um símbolo significa tomar partido. Significa ser-se parcial. Eu sou destes, não sou daqueles.
Sejamos sinceros. O futebol não é a coisa mais importante do mundo. É apenas um desporto. Um jogo em que participam duas equipas, uma bola e um árbitro. Coisa pouca, dizem uns. O princípio, dizem outros. Partilho desta última perspectiva. Para mim, o futebol é uma arte que as pessoas dominam ou tentam dominar para dar alegrias a todos. Como arte que é, o futebol tem coisas belas e outras polémicas, tem organização e excessos, tem aquilo que faz crescer indivíduos e equipas, a competitividade. Poderia muito bem, estar a falar de outro desporto ou até de qualquer outra actividade humana. Está bem. Mas o futebol é também popular, posso discuti-lo com qualquer um, atravessa faixas etárias, classes sociais e locais diferentes. Por isso, por toda a parte existem sportinguistas que agradecem a quem proporcionou o regresso a Alvalade de todas as emoções que fazem de um espectáculo de futebol ao vivo uma coisa única!