segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As Equipas Portuguesas nas Competições Europeias

Nesta semana que passou, tivemos a conclusão dos dezasseis-avos de final da Taça UEFA e a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Vi alguns jogos, a começar pelas equipas portuguesas. O Sporting foi claramente superior ao Basileia. O Benfica apanhou um valente susto com o Nuremberga. Agora calhou-lhes em sorte, respectivamente, o Bolton de Inglaterra e o Getafe de Espanha. Penso que são ambas de campeonatos bem superiores ao nosso e é nesse sentido que têm que ser tomadas algumas precauções, ou seja, o ritmo de jogo de ingleses e espanhóis será intenso.

Em relação às características destas equipas, conheço um pouco o Bolton e não vi jogar o Getafe. Diouf no ataque, Ivan Campo no meio campo e Jaaskelainen na baliza são talvez os mais representativos jogadores dos Wanderers. Pelo que me informei, jogam um 4-4-2 e demonstraram grande capacidade a defender na eliminatória com o Atlético de Madrid. Em termos atacantes perderam em Janeiro, para o Chelsea, o seu melhor avançado, Nicolas Anelka.

Já o Getafe, penso que também joga em 4-4-2 e o que sei é que andam pela metade da tabela em Espanha e que têm como treinador um dos maiores números 10 dos últimos 15 anos: Michael Laudrup. De referir também, e em jeito de última novidade, que foram ganhar esta noite ao campo do líder Real Madrid por 1-0.

Em relação ao Porto, também vi o seu jogo contra o Shalke 04. A equipa teve a infelicidade de sofrer um golo precocemente e esteve um pouco desequilibrada, sobretudo na primeira parte, no que toca à gestão da posse de bola a meio-campo e no controlo das posições ofensivas dos alemães.

A segunda parte foi bem melhor. O Porto, fruto de uma qualidade individual grande e de um acerto em relação à sua forma de jogar, com firmeza a meio-campo e jogadas desiquilibrantes nas alas, veio a sobrepor-se ao Shalke, não marcando nessa fase por infelicidade.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Egipto Vence Taça das Nações Africanas em 2008

E aí temos, o novo campeão de África de selecções: o Egipto! Pela 6º vez na história da competição, os norte-africanos voltam a sagrar-se os reis de África.

Na final, o Egipto, defrontou a equipa dos Leões Indomáveis, os Camarões. Com uma extraordinária força mental e atitude solidária em campo, os leões dificultaram a vida à equipa egípcia. Vi a final e não foi um mau jogo. O Egipto, com um tipo de jogo rápido e com bolas rente ao chão, jogaram algo expectantes, acelerando, e despoletando com isso situações de perigo. A equipa de Samuel Eto’o (melhor marcador da competição com 5 golos) foi fiel a si própria, aguerrida e perigosa nas transições defesa-ataque, foi no entanto a que criou menos perigo em campo, assim como menos futebol de ataque. O Egipto, com um golo aproveitado com um erro defensivo, acabou por se tornar um bom vencedor.

Em relação à semi-final, que por acaso não vi, resultou numa boa vitória da equipa da casa, o Gana, por 4-2. Realço também a força e qualidade de alguns momentos destas duas equipas semi-finalistas, o Gana e a Costa do Marfim, esta última com o melhor ataque da prova (16 golos).

Quero também deixar aqui o feito única dos angolanos, que chegaram pela primeira vez aos quartos de final da competição. Vi os seus jogos e gostei da técnica e força colectiva apresentada, pena é que tivessem apanhado logo o Egipto na primeira fase a eliminar. Destaco também a nova estrela de Angola, Manucho. Gostei também de outros jogadores, como Gilberto, com um bom pé esquerdo e Zé Kalanga, que tem velocidade e bom cruzamento.

Parabéns aos vencedores, parabéns ao novo futebol emergente africano e aos coloridos adeptos de África!

Deixo-vos com a lista dos vencedores de todas as edições da Taça:

1957 - Egipto
1959 - Egipto
1962 - Etiópia
1963 - Ghana
1965 - Ghana
1968 - Congo Kinshasa (actual RD Congo)
1970 - Sudão
1974 - Zaire (actual RD Congo)
1976 - Marrocos
1978 - Ghana
1980 - Nigéria
1982 - Ghana
1984 - Camarões
1986 - Egipto
1988 - Camarões
1990 - Argélia
1992 - Costa do Marfim
1994 - Nigéria
1996 - África do Sul
1998 - Egipto
2000 - Camarões
2002 – Camarões
2004 – Tunísia
2006 – Egipto
2008 - Egipto

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Arsenal - A Juventude Crescida

Há já algum tempo que queria expressar aqui a minha admiração pelo actual momento do Arsenal de Inglaterra.

O nosso Cristiano Ronaldo continua de uma forma fantástica a exibir um futebol fabuloso e a marcar golos como se fosse um daqueles avançados centro que o Manchester compra para materializar as brilhantes jogadas colectivas. Ronaldo cria, oferece e…marca! Simplesmente brilhante.

Mas também a dar espectáculo em Inglaterra anda o Arsenal de Arsene Wenger. Depois de 3 épocas em que as rédeas da liderança da Premier league foram “entregues” ao Chelsea e Manchester United, os gunners voltam este ano não só com a frescura mental e vigor físico da juventude mas também com o amadurecimento e sensatez do estado adulto.

É realmente uma garantia de emoção e de entretenimento ver este Arsenal jogar. Com um sistema de 4-4-2, este quase se torna num 4-2-4 quando os médios alas soltam a sua velocidade e criatividade. De um lado Rosicky ou Diaby e do outro Hleb ou Eboué. Esta característica do sistema de Wenger torna o desenho de equipa em campo bastante atractivo para quem vê e funcional para quem quer criar oportunidades de golo.

Mas não é só deste aspecto que vive a equipa. Com uma defesa com músculo africano e francês (Touré, Eboué, Gallas, Sagna) a estrutura ganha força logo no primeiro sector do campo. Depois temos os pêndulos em campo. Fabregas e Flamini, por exemplo jogam os dois no meio, dançando e procurando os espaços para lançar a bola, correndo sempre em busca de controlarem as suas zonas, com ou sem bola.

Por fim, o ataque. O togolês Adebayor está on fire à semelhança do nosso Cristiano. A seu lado vão alternando a descoberta Eduardo, a esperança Brendter e o talentoso Van Persie.

Enfim, esta equipa enche-me realmente as medidas. A juventude, a força e a técnica estão agora mais maduras e ameaçam seriamente este ano a super-equipa do Manchester United.