quarta-feira, 23 de março de 2011

A nova fase da vida do Sporting


As eleições do Sporting estão aí à porta. Numa altura em que também o país tomou conhecimento que vai a votos, o emblema dos leões irá brevemente ter novo presidente.
Sou sócio do clube de Alvalade há pouco mais de um ano. Tenho direito de votar e preparo-me para o fazer com orgulho.
O Sporting está num ponto em que necessita de mudança. Não concordo quando se analisam os últimos 10-15 anos e se tenta minorizar o que se passou. O clube tem tido uma visão mais financeira/económica desde o presidente Roquette. Aparentemente o Sporting conseguiu investir em projectos como a Academia e o novo Estádio porque teve esse tipo de preocupações na sua base ideológica. O melhor foi que, paralelamente, os leões conseguiram alguns sucessos desportivos de relevância nos tais últimos 10-15 anos. Ganhámos 2 campeonatos, 2 taças, 2 supertaças e chegámos a uma final de uma Taça UEFA. Contas feitas, a vida do meu clube não tem sido assim tão má.
O que realmente tem sido mau tem sido o que se tem passado recentemente. Além de contenções orçamentais e investimentos mal feitos no plantel, o que tem custado mesmo aos sócios e simpatizantes dos leões tem sido a falta da alegria do bom futebol no estádio.
Desde que me lembro de ser leão, as equipas do meu clube quase sempre jogaram com gosto pelo espectáculo e pelo futebol bem jogado. Lembro-me das equipas de Balakov, de Figo, de Pedro Barbosa, de Quaresma, de João Vieira Pinto e de Sá Pinto. Como treinadores guardo na memória treinadores como Bobby Robson, Mirko Jozic, Lazlo Bolöni, Fernando Santos, José Peseiro e Paulo Bento. Todos estas figuras do universo leonino representaram o melhor que o jogo pode ter: o gosto pelo espectáculo.
Sou da opinião de que nesta altura a filosofia da nova fase do clube tem que conter elementos do espectáculo e do entertenimento. O investimento nos melhores jogadores e nos melhores treinadores, famosos ou não, é primordial nesta altura. Precisamos de voltar a trazer a alegria para o nosso estádio. Fico contente quando se fala nestas eleições de treinadores que representam escolas de ataque. Mas o treinador não é tudo nesta que irá ser uma nova fase no clube. É necessário uma equipa de gestão que tenha amor pelo futebol e que aja com base nesse instinto. É que com paixão os problemas financeiros ou económicos tornam-se um pouco mais superáveis.

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