Escolho este título para o meu texto e pergunto-me porquê. Não porque a escolha não tenha razão aparente, não é isso, é apenas porque quero ir um pouco mais ao fundo da questão.
Quando vejo um jogo de futebol sou eu que faço a leitura dos acontecimentos. Sou eu que pego no filme do desafio e faço a minha própria crítica. Um pouco como um apreciador de cinema fala sobre o filme que viu. Quando olho para um Sporting-Porto, como foi o caso deste último, posso apreciar a velocidade e ritmo do jogo, a beleza das jogadas, os remates colocados, os cortes de bola precisos, a organização defensiva. Tudo pontos de referência que nos ajudam a analisar e a apreciar determinada partida. É num Sábado que eu posso fazer uma consideração de como foi a minha semana, é também depois de ver um jogo inteiro que eu posso falar melhor sobre o jogo que vi.
Um jogo tem o seu inicio, lento, cauteloso ou rápido e vigoroso. A atitude de como se vai para campo determina muito de como vamos encarar o resto do jogo. Numa experiência puramente amadora constato isso nos meus desafios de fim-de-semana com os meus colegas. Lembro-me no entanto de ler algures que um jogador de renome argentino (penso que jogando no Real Madrid) dizia que a sua equipa em campo deveria assegurar que fosse dela o primeiro remate, o primeiro canto, o primeiro livre, a primeira discussão com o árbitro. Assim, a sua equipa marcava o tom do jogo logo a partir dos primeiros minutos. Penso nisto e na importância das atitudes na nossa vida. Não será uma atitude assumida de princípio que define a forma como nos posicionamos para determinados assuntos importantes na vida?
Vejo o Sporting a entrar no clássico com vontade de ganhar e de chegar perto da área portista. A forma de lá chegar e a eficácia em frente à baliza não foram as melhores, é certo, mas sabe bem ver uma atitude assim. Já o Porto entrou mentalizado para se proteger das investidas do Sporting e aproveitar as suas oportunidades da melhor maneira. Foi o que aconteceu. Duas atitudes diferentes, ambas encarando o jogo em duas das suas possíveis vertentes: Atacar para ganhar e defender para não perder ou mesmo… ganhar.
Tal como na vida, onde existem inúmeras formas de viajar e vários caminhos para o fazer, também no futebol se podem assumir tácticas e estratégias diferentes para chegar a bom porto. Na vida é a atitude e o princípio que tomamos para nós que nos dão a identidade e a nossa forma de ser. No futebol, viver o jogo com desportivismo, entusiasmo e sentido de beleza é também mais de metade do que é necessário para continuarmos a amar este desporto.
3 comentários:
O futebol, tal como a vida é uma estrada bifurcada!
Astromar, gostei do teu texto sentido, mas pouco académico. Devias ter sido conciso e ter dito que o SCP e o FCP estão a praticar um futebol horrível e que muito provavelmente o Benfica vai ser o ar fresco que o futebol português precisava.
Já agora aproveito para mencionar que deviam todos votar na mulher do Van der Vaart. Aí só aparece a cara mas conheço o pacote completo e dou-vos a garantia que vence as outras todas.
lapa, diz aos teus amigos para votarem...isso é que era de valor!
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