E em 4 dias tivemos dois Sportings... Sim, eu vi os dois jogos, o primeiro no Restelo e o segundo na Cova da Piedade quando os leões jogavam em Roma.
Sim, num jogo estamos a falar de uma recém criada Taça da Liga, competição levada pouco a sério pelos nosso grandes e usada também para fazer rodar os jogadores que normalmente menos jogam nos plantéis mais cotados.
Paulo Bento resolveu no jogo com o Fátima manter os mesmo esquema: 4-1-2-1-2. Apesar da mesma táctica, Bento apostou em alguns novos jogadores, com o objectivo de lhes dar uma oportunidade e de os testar em campo. Muito poucos aproveitaram esta oportunidade... Já em Roma a equipa voltou a ser a mais utilizada esta época.
A distribuição dos jogadores pela táctica foi a seguinte:
GR:
Tiago - Esteve algo impreciso em várias ocasiões, infelizmente também no lance dos golos, tanto no Restelo como em Roma. Sempre fui um grande apreciador deste guarda redes. Mas como diz um amigo meu, ele pouco tem jogado no Sporting nos últimos anos, e a concentração e aperfeiçoamento técnico também vêm da competição...
Defesas:
Abel - Este jogador está melhor este ano. Corre como sempre mas ganhou algo: centra quase sempre bem e foi decisivo nas assistências para os golos de Liedson em ambos os jogos. Foi pena não ter feito melhor no lance do golo da Roma.
Gladstone - Jogou só com o Fátima. Lento a atacar a bola e a sua área de responsabilidade. Com falhas técnicas no corte e no passe. Não aproveitou a oportunidade.
Tonel - Confesso que reparei pouco nele no jogo com o Fátima e com a Roma. Não é necessariamente um mau sinal.
Miguel Veloso - Este jogador é tão bom que pode fazer várias posições. Médio-Centro-Pivot, central e defesa esquerdo. No jogo com o Fátima entrou na segunda parte e não só defendeu a central como geriu o fútebol da equipa a partir do centro. É aqui que ele pauta o fútebol sportinguista. Fez de Polga e de Paredes e este último encontrava-se no campo...
Marian Had - Jogou só com o Fátima. Dos poucos utilizados, foi aquele que melhor aproveitou, cortando muitas bolas, inclusivé nas outras áreas da defesa (às vezes com demasiada rispidez).
Ronny - É um jogador em crescimento. Nota-se que gosta de evoluir e aprender e enfrentou o desafio de agora também defender melhor, ou pelo menos estar mais atento quando tem que fechar o seu corredor. Tem qualidades no pé esquerdo mas ainda não é o lateral que o Sporting quer. Pode vir a ser. Jogou só em Roma.
Paredes - Jogou só com o Fátima. É pouco influente e tem pouca velocidade para jogar como o Sporting quer jogar.
Moutinho - Entrou com o Fátima para empurrar e consegiu-o de certa forma. Em Roma desceu no terreno e contribuiu para as transições rápidas e largas do Sporting. É sempre lúcido, dá músculo e classe ao meio campo.
Farnerud - Jogou só em Fátima. Este sueco não complica e passa bem. Mas o Sporting muitas das vezes precisa de outras caracteristicas como a irreverência e o atrevimento a atacar.
Izmailov - Jogou em ambos os jogos. Curiosamente ou não, achei que jogou com o mesmo empenho em ambos. Tem classe, técnica, remate. Talvez lhe falte ainda a confiança para ser ainda mais influente.
Celsinho - Vem rotulado de craque. Ainda não deu para ver...
Romagnoli - Agora sim, este argentino joga de cabeça limpa e à vontade. Não é nehum Maradona mas sabe bem vê-lo tentar o drible e muitas vezes consegui-lo. É também verdade que pode ser mais influente. Que acredite mais nas suas capacidades.
Vukcevik - Em Roma, onde jogou, não deu continuidade aos bons jogos que tem vindo a fazer no Sporting. Tem força e técnica. Centra também muito bem.
Purovic - Este tipo de jogador, alto e posicional, é muitas vezes pedido pelos treinadores em Portugal. Mas depois o fútebol da nossa terra não gosta de jogar em função de um ponta de lança, ainda por cima um jogador que se torna um corpo estranho no estilo de jogo pé no pé e bola rasteira. Contudo, devo também salientar que Purovic teve algumas dificuldades em demonstrar qualidades técnicas.
Yannick - Gosto deste miúdo. Confesso que lhe falta ainda muito para ser um avançado mais goleador e preciso. Mas gosto da sua atitude desinteressada, desportista e motivadora.. E isso também ajuda uma equipa.
Liédson - Bem, deixei o melhor para o fim. Só é pena que em tendo feito dois golos excelentes, o Sporting não tenha ganho nehum dos jogos.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
Porque é Que Eu Gosto do Futebol Holandês e Argentino? As Selecções Dos Últimos Anos (1ª parte)
Esta pergunta surgiu-me naturalmente. Quando gosto de algo, quase sempre sei o porquê. Outras vezes apenas gosto e não sei as razões. O que também não é mau.
Mas neste caso sei porquê.
Vejo fútebol desde os meus 10 anos e com mais atenção desde os meus 12 - 14 anos. Vi os mundiais de Itália 90 e dos EUA 94 com a Argentina ainda de Maradona. Em 92 sei que houve uma sensação no Europeu, a Dinamarca de Laudrup. Não me lembro bem desse europeu mas sei que ainda se falava de uma laranja que tinha feito história nas décadas de 70 e 80 com finais atingidas nos mundiais de 1974 e 1978 e a conquista do europeu de 1988.
O Euro 96 foi a primeira grande competição internacional que eu segui com atenção. A Holanda ficou-se pelos quartos de finais mas artistas como Seedorf, Kluivert e Bergkamp já pintavam o campo.
Chegámos enfim ao Mundial de 98 em França. Foi aí que definitamente vi o que era a escola holandesa a jogar. A equipa era treinada por Guus Hiddink, treinador com prestigio e grande historial à frente de clubes holandeses e selecções por todo o mundo. A equipa jogava espectacularmente o fútebol total, tipica abordagem holandesa. A bola circulava pelo campo todo, desde Van der Saar, Frank de Boer (central técnico e elegante), Seedorf, Davids (rápidos e precisos) até ao lugar onde tudo se decide, estando Kluivert e Bergkamp para terminar lances com o objectivo do golo. Quem não se lembra daqueles quartos de final com a Argentina, jogo maravilhosamente bem jogado, um regalo para apreciar. Ganharam os holandeses por 2-1. Os golos estiveram à altura, com bons golos produzidos por Kluivert, Cláudio López e Bergkamp (especialmente este, um dos melhores de sempre).
A argentina de Passarella também era uma equipa esteticamente muito interessante no seu tipo de fútebol. À semelhança do fútebol total da Holanda, também os argentinos me habituaram a ver um jogo de fútebol aplicado a todo o campo. Com a particularidade dos sul-americanos, ao planearem uma jogada, parecerem pertencer a uma equipa de dancarinos de tango... A equipa de 98 era um misto de força (sempre dotada de um propósito futebolistico) e de técnica de dança, com Ortega e Claudio López a destacarem-se no Grande Salão.
A Holanda viria a cair na semi-final com o Brasil, mas só nos penaltis, e com escrete que era uma equipa composta de sambistas e carregadores de orquestra mas que neste mundial pouco entusiasmaram as suas plateias...
(continua...)
Mas neste caso sei porquê.
Vejo fútebol desde os meus 10 anos e com mais atenção desde os meus 12 - 14 anos. Vi os mundiais de Itália 90 e dos EUA 94 com a Argentina ainda de Maradona. Em 92 sei que houve uma sensação no Europeu, a Dinamarca de Laudrup. Não me lembro bem desse europeu mas sei que ainda se falava de uma laranja que tinha feito história nas décadas de 70 e 80 com finais atingidas nos mundiais de 1974 e 1978 e a conquista do europeu de 1988.
O Euro 96 foi a primeira grande competição internacional que eu segui com atenção. A Holanda ficou-se pelos quartos de finais mas artistas como Seedorf, Kluivert e Bergkamp já pintavam o campo.
Chegámos enfim ao Mundial de 98 em França. Foi aí que definitamente vi o que era a escola holandesa a jogar. A equipa era treinada por Guus Hiddink, treinador com prestigio e grande historial à frente de clubes holandeses e selecções por todo o mundo. A equipa jogava espectacularmente o fútebol total, tipica abordagem holandesa. A bola circulava pelo campo todo, desde Van der Saar, Frank de Boer (central técnico e elegante), Seedorf, Davids (rápidos e precisos) até ao lugar onde tudo se decide, estando Kluivert e Bergkamp para terminar lances com o objectivo do golo. Quem não se lembra daqueles quartos de final com a Argentina, jogo maravilhosamente bem jogado, um regalo para apreciar. Ganharam os holandeses por 2-1. Os golos estiveram à altura, com bons golos produzidos por Kluivert, Cláudio López e Bergkamp (especialmente este, um dos melhores de sempre).
A argentina de Passarella também era uma equipa esteticamente muito interessante no seu tipo de fútebol. À semelhança do fútebol total da Holanda, também os argentinos me habituaram a ver um jogo de fútebol aplicado a todo o campo. Com a particularidade dos sul-americanos, ao planearem uma jogada, parecerem pertencer a uma equipa de dancarinos de tango... A equipa de 98 era um misto de força (sempre dotada de um propósito futebolistico) e de técnica de dança, com Ortega e Claudio López a destacarem-se no Grande Salão.
A Holanda viria a cair na semi-final com o Brasil, mas só nos penaltis, e com escrete que era uma equipa composta de sambistas e carregadores de orquestra mas que neste mundial pouco entusiasmaram as suas plateias...
(continua...)
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Vitória preciosa na Champions
Nesta Terça-Feira, o Sporting consegiu a sua primeira vitória na Liga dos Campeões e 3 preciosos pontos para pelo menos uma melhor performance na competição do que na época anterior.
Foi um jogo estranho, partido tacticamente e que resultou, juntamente com as mútuas falhas defensivas, numa série de oportunidades de golo para cada lado, algumas surpreendentemente desperdiçadas.
Sou sincero: gostei muito do Sporting não ter virado a cara à luta e de, ao fim ao cabo, ter ganho fora contra uma equipa que não é assim tão desconhecida. Mas tacticamente e como equipa, os leões ainda não conseguem manter um nível de jogo, (principalmente a meio campo), como o da época passada.
Para este facto, arrisco dizer que, embora na minha opinião Vukcevik ser bom jogador, ainda não está adaptado ao jogo curto e envolvente que o Sporting costumava apresentar. Por outro lado o jogador montenegrino da conceituada "escola dos vik's" tem o mérito de alargar as alas do Sporting e de fornecer jogo a partir das linhas.
Vamos seguindo e apreciando..
Foi um jogo estranho, partido tacticamente e que resultou, juntamente com as mútuas falhas defensivas, numa série de oportunidades de golo para cada lado, algumas surpreendentemente desperdiçadas.
Sou sincero: gostei muito do Sporting não ter virado a cara à luta e de, ao fim ao cabo, ter ganho fora contra uma equipa que não é assim tão desconhecida. Mas tacticamente e como equipa, os leões ainda não conseguem manter um nível de jogo, (principalmente a meio campo), como o da época passada.
Para este facto, arrisco dizer que, embora na minha opinião Vukcevik ser bom jogador, ainda não está adaptado ao jogo curto e envolvente que o Sporting costumava apresentar. Por outro lado o jogador montenegrino da conceituada "escola dos vik's" tem o mérito de alargar as alas do Sporting e de fornecer jogo a partir das linhas.
Vamos seguindo e apreciando..
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Derby Lisboeta: Um pequeno olhar
Boa dia caros leitores e quiçá, também leitoras.
Há algum tempo que aqui não escrevo e é com alegria que volto aqui a expressar as minhas opiniões acerca do mundo do futebol.
Hoje quero falar acerca do último derby entre Benfica e Sporting.
Ao estar em frente à televisão a observar o jogo, dei comigo a comentar com um amigo que a partida estava a fazer-me lembrar aquele tipo de jogos sul-americanos em que predomina o ritmo lento mas também as jogadas inspiradas e carregadas de boa técnica. Como estamos na Europa o jogo teve, ainda assim, momentos rápidos onde a bola estava constantemente a mudar de área.
A este facto não é alheio concerteza o facto de ambas as equipas contarem com jogadores sul-americanos das melhores escolas de futebol mundial como são o Brasil ,a Argentina e até o Uruguai. Sim, não foi um jogo preciso em termos técnicos e tácticos mas acabámos por ter, na minha opinião, um jogo mexido e com várias oportunidades de golo, o que trouxe emoção ao desafio.
Em termos individuais destaco no Sporting o Polga que foi eximio a controlar a defesa e no meio campo o Romagnoli que apesar de nem sempre ser coerente trouxe perigo e preocupação aos benfiquistas.
Em relação ao Benfica penso de uma forma muito simples, ou seja, têm muitos novos jogadores e alguns deles com boas caracteristicas mas continuam a não ter uma equipa quando se fala em termos de mecanismos colectivos e conhecimento entre os jogadores. Situação normal, para já.
Há algum tempo que aqui não escrevo e é com alegria que volto aqui a expressar as minhas opiniões acerca do mundo do futebol.
Hoje quero falar acerca do último derby entre Benfica e Sporting.
Ao estar em frente à televisão a observar o jogo, dei comigo a comentar com um amigo que a partida estava a fazer-me lembrar aquele tipo de jogos sul-americanos em que predomina o ritmo lento mas também as jogadas inspiradas e carregadas de boa técnica. Como estamos na Europa o jogo teve, ainda assim, momentos rápidos onde a bola estava constantemente a mudar de área.
A este facto não é alheio concerteza o facto de ambas as equipas contarem com jogadores sul-americanos das melhores escolas de futebol mundial como são o Brasil ,a Argentina e até o Uruguai. Sim, não foi um jogo preciso em termos técnicos e tácticos mas acabámos por ter, na minha opinião, um jogo mexido e com várias oportunidades de golo, o que trouxe emoção ao desafio.
Em termos individuais destaco no Sporting o Polga que foi eximio a controlar a defesa e no meio campo o Romagnoli que apesar de nem sempre ser coerente trouxe perigo e preocupação aos benfiquistas.
Em relação ao Benfica penso de uma forma muito simples, ou seja, têm muitos novos jogadores e alguns deles com boas caracteristicas mas continuam a não ter uma equipa quando se fala em termos de mecanismos colectivos e conhecimento entre os jogadores. Situação normal, para já.
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