sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mundial 2010: Um final a condizer



Os espanhóis são campeões do mundo e este título fica-lhes bem. O futebol apresentado pelos nossos vizinhos é de alto nível, bem jogado, com intérpretes finos mas também trabalhadores. Penso em Xavi a movimentar-se em campo, a definir jogadas e alturas de passe e vem-me à ideia como tudo pode bater certo durante algum tempo, o tempo de um jogo de futebol. Xavi tem que ser realçado como um dos melhores jogadores do mundo. A 'La Roja', como lhe chamam, tem jogadores que olham para o campo inteiro e que transmitem inteligência para a ponta das chuteiras. Iniesta, Fabregas, Busquets e Xabi Alonso, tal como Xavi, jogam com cultura de jogo, interessados em tornar o jogo bonito. Mas a Espanha tem também outros elementos essenciais que fazem uma super-equipa, a força na defesa, com Puyol como exemplo, e o sentido de oportunidade no ataque, com Villa. A Espanha é uma equipa de zona demarcada, é de um pais que tem vindo a construir um dos campeonatos mais excitantes dos últimos anos, e tem clubes que têm oferecido aos adeptos equipas apaixonantes no mundo do futebol, o Barcelona, o Real Madrid, o Valência, o Sevilha...

O mundial da África do Sul terminou e com um vencedor a condizer. Em África, a competição mais importante do mundo em futebol trouxe até nós, de uma forma geral, boas equipas e bons jogos. As equipas na América do Sul (como o fantástico Uruguai) jogaram quase sempre bem, cada uma no seu estilo, e houve bons exemplos de futebol por outras paragens, como disso são exemplos o Gana e o Japão. A Alemanha surgiu forte e competente, com jogadores novos, com a força habitual e desta vez, também com a beleza do jogo mais técnico. Na final acabaram por se encontrar selecções que invocam o mais bonito do futebol, jogar pelo campo todo e fazer girar a bola por toda a equipa. A Holanda que transporta esta ideia desde os anos 70 e a Espanha que a adoptou.

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