Estamos a recomeçar os principais campeonatos profissionais na Europa. As emoções vibrantes da nossa liga e de outras como a espanhola a inglesa estão finalmente de volta. No entanto, não se pense que este tem sido um Verão árido em termos futebolísticos. Pelo contrário, tive a oportunidade de assistir a diversas competições de selecções e outros tantos jogos particulares relativos a grandes equipas europeias, inclusive do meu Sporting.
Quanto às grandes competições de selecções, destaco o Mundial de sub-17, o Mundial de sub-20 (que está a decorrer neste momento), a Copa América e para mim a boa novidade que foi o Mundial de futebol feminino. Sempre gostei de tudo o que diz respeito a torneios e a momentos competitivos que se condensam num determinado período de tempo, como são bons exemplos, tanto o Europeu como o Mundial de futebol. Neste verão, visualizei alguns excertos de jogos do mundial de sub-17 e o que posso dizer é que fiquei agradavelmente impressionado com a competitividade sob a forma de velocidade e táctica que os jovens jogadores apresentaram. Realço obviamente o campeão México mas também o finalista Uruguai. Quanto ao Mundial de sub-20, o meu interesse tem ido para a tentativa de assistir o máximo de tempo possível aos jogos onde actuam os novos reforços de equipas portuguesas, como exemplos, Iturbe, pela Argentina, Danilo pelo Brasil e Árias pela Colômbia. Por motivos óbvios, sigo com especial interesse o desempenho da nossa selecção que neste momento em que escrevo atingiu as meias-finais. Quanto à Copa América, tentei seguir com o máximo de assiduidade possível mas o melhor que consegui, foi ver alguns resumos. É claro que fiquei admirado com a eliminação precoce de Brasil e de Argentina. Quanto à vitória do Uruguai, ela vem comprovar o excelente momento deste país que tem uma grandiosa história futebolística. Havia ficado em terceiro no Mundial da África do Sul e os seus sub-17 ficaram em segundo lugar no Mundial da categoria.
Destaco por fim o mundial de futebol feminino que decorreu este ano na Alemanha. Nunca tinha ligado muito a futebol feminino, confesso. Não é algo que passe muito na TV e eu sempre vi jogos de futebol masculino. No entanto, pelo que vi através da pertinente Eurosport, o futebol praticado por mulheres será mais uma modalidade a que passarei a estar atento. Assisti a vários estilos na Alemanha. Desde o futebol directo e físico (tal como no masculino) das jogadoras americanas ou suecas como o futebol tique-taque (inspirado no Barça?) da selecção campeã, o Japão. As japonesas foram a grande surpresa da competição e provaram que as baixinhas podem triunfar e chegar ao topo da cadeia futebolística mundial. Tal como no futebol masculino, onde a Espanha e os seus pequenotes, é rainha, também o Japão demonstrou o poderio de quem joga com a bola rasteira e a dançar constantemente de pé para pé. Chamaram-me à atenção a tacticamente talentosa nº6, Mizuho Sakaguchi e a influente capitã Homare Sawa, a nº 10. Por outro lado, admirei também as americanas e as suecas a jogar. Tanto umas como outras são muito objectivas em campo e têm grande capacidade organizativa. Gostaria de destacar as jogadoras americanas Hope Solo (nº1), uma líder em campo pela sua capacidade técnica e a suplente que marcou golos decisivos, Alex Morgan, a nº 13. Do lado da suecas, existe uma jogadora que me encheu as medidas: Lotta Schelin. Tem pinta e é gira, tem técnica e é muito inteligente a jogar. Jogadoras a seguir.
E agora que venham mais jogos e mais competições. Para já temos as semi-finais do mundial de sub-20, em masculinos. É que depois, as várias competições de clubes vão resgatar toda a nossa atenção nos próximos tempos.